Amigos do podcast NBW estamos de volta com time completo para comentar mais essa semana de vergonha na política nacional. Falamos sobre quem está na briga para ser o próximo presidente do país, caso Temer caia, e sobre o andamento do processo de cassação da chapa Dilma/Temer no TSE.
Na segunda parte da edição dessa semana discutimos sobre o atentado terrorista que aconteceu em Manchester, na Inglaterra.
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Indicações da semana:
Ulisses Neto
Song Exploder: Michael Kiwanuka
Malala: a menina mais corajosa do mundo
Barata
The best officials money can buy: China’s crony capitalism
Música da semana
Liniker – Zero
Caros Senhores da Guerra,
Pareceu jogada ensaiada com o Mamilos 109, que deveria ser obrigatório ouvir na sequencia deste (ou vice-versa).
Mas estamos em um ponto de ruptura na história política do Brasil e não podemos ficar só vendo o próximo impeachment, a próxima eleição, o próximo escândalo. Este sendo um podcast importante sobre política, penso que é indispensável se fazer uma discussão séria sobre todo o sistema, sobre como reconstruir a política brasileira das cinzas que serão deixadas pelo incêndio chamado Lava-Jato (e agregados).
E um dos pontos fundamentais para embasar essa discussão e tirar ela do vácuo teórico é a seguinte: quem tem o poder de decidir algo (para si ou para os outros) precisa também sofrer todas (ou grande parte) das consequências, boas e ruins, que advém dessa decisão, no curto e no longo prazo. Toda vez que um sistema permite que as consequências de decisões (especialmente as ruins) recaiam sobre outros, criamos dois problemas cujo efeito negativo se soma: por um lado acabamos dependentes de pessoas de boa-fé e caráter ilibado para ocupar esses cargos (e quando isso não ocorre, ficamos expostos ao desastre) e por outro criamos incentivos grandes para que pessoas de caráter duvidoso e mal-intencionadas se interessem e se esforcem muito mais para alcançar tais cargos.
Esse é um dos grandes argumentos, de caráter bastante pragmático, para diminuir o poder do Estado e deixá-lo somente com as funções realmente sociais (cuja definição também é variável de acordo com o interlocutor, mas certamente não engloba, por exemplo, doar bilhões em incentivos para mega-empresários). Esse também é um grande argumento para a descentralização intensiva do poder político, aproximando assim a população dos centros decisórios, facilitando políticas regionais e evitando a formação de um cofre público central gigantesco e de valor inigualável ao grande capital e a agentes públicos corruptos.
Por ora é isso,
Grande abraço.