Amigos do Podcast NBW estamos de volta com mais um episódio recheado de notícias ruins da política nacional. Falamos da delação da Odebrecht, que afirmou ter doado ilegalmente vinte e poucos milhões de reais para o ministro José Serra, e sobre a vergonhosa data que está marcada a votação de cassação do mandato do Eduardo Cunha.
Também fizemos uma análise sobre como a campanha para a prefeitura de São Paulo deve afetar as eleições presidenciais de 2018. E na área internacional, ufa, uma boa notícia: a desidratação de Donald Trump.
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Sobre a ficha limpa.
A Ficha Limpa não tem a eficiência que deveria, mas já trouxe resultados expressivos.
Eu não tenho os números absolutos para todo o período que a lei está em vigor, mas 253 candidatos foram barrados em 2014. Esse número é pouco mais que 1% dos candidatos que concorreram no pleito.
Sobre a lei não barrar candidatos fortes, é falso. Joaquim Roriz e José Roberto Arruda foram barrados pela lei, por exemplo. O primeiro em 2012 e o segundo em 2014. Ambos são nomes tradicionais e muito fortes no DF e lideravam as pesquisas da época. Roriz, aliás, é o patriarca do principal clã político do DF, tanto que sua filha Jaqueline Roriz era uma forte candidata à deputada federal em 2014, mas também foi barrada pela ficha limpa.
O maior risco pra ficha limpa é a mudança de entendimento feito pelo STF sobre as contas das prefeituras municipais. Antes os TCs avaliavam as contas e emitiam um parecer, que poderia resultar em um processo contra o prefeito; agora esse parecer tem que passar por uma apreciação das câmaras de vereadores. Uma análise técnica saiu das mãos de um órgão competente e passou para as mãos de políticos. Grande parte dos políticos barrados pela lei da ficha limpa foi em razão da avaliação das contas municipais, o que não vai acontecer mais.
Você tem toda razão, Gustavo. Muito obrigado pelo comentário e por me fazer lembrar desses casos. Valeu!!!
Ulisses, isso que você falou sobre o Duque de Westminster existe no Brasil, aqui é o Laudêmio, que é pago sobre o valor de venda do imóvel. Geralmente são terrenos de marinha ou da união, que pertenceram à Igreja ou à família real, tanto que existe uma renda da família real sobre a venda de imóveis em Petrópolis.